Publikationen der Stiftung → O papel das mulheres no conflito em Cabo Delgado Titel
Publikationen der Stiftung → O papel das mulheres no conflito em Cabo Delgado
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Titelaufnahme
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- TitelO papel das mulheres no conflito em Cabo Delgado : entendendo ciclos viciosos da violência
- Verfasser
- Körperschaft
- Erschienen
- Parallele Sprachausgabe
- Umfang1 Online-Ressource (33 Seiten) : Diagramme
- SprachePortugiesisch
- SerieSéries FES sobre paz e segurança em África ; No. 44
- DokumenttypDruckschrift
- Schlagwörter
- Geografika
- ISBN978-2-490093-27-4
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Zusammenfassung
A intensificação de uma guerra não convencional na provincia Cabo Delgado no Norte de Moçambique traduziu-se numa ampla violência contra civis. Por serem fisicamente mais frágeis, por constituírem alvo da predação sexual de jovens armados e por serem, tradicionalmente, produtoras de alimentos, durante conflitos armados as mulheres constituem um alvo recorrente, permanecendo numa posição particularmente vulnerável. Na sequência do conflito que se desenrola no Norte de Cabo Delgado, as mulheres permanece vulneráveis à insegurança alimentar, sendo vítimas de agressões e sequestro por grupos insurgentes, destruição de património, agressões físicas e assassinatos, violações sexuais, raptos e impossibilidade de acesso à justiça. Contudo, encarar as mulheres apenas como vítimas passivas do conflito não capta a complexidade da situação, argumenta João Feijó na sua contribuição para o security series. De forma voluntária ou forçada, por convicção ou sem alternativa, por revolta ou oportunismo, buscando protecção e vantagens económicas, grupos de mulheres desempenham um papel activo no conflito militar, participando como observadoras e fornecedoras de informações, no fornecimento de apoio logístico e camuflagem, como recrutadoras, vigilantes e, inclusivamente, como guerrilheiras. O autor demostra como sentimentos de injustiça social estão sendo explorados por grupos insurgentes como estratégia de recrutamento e adesão. A inversão deste ciclo vicioso constituirá o maior desafio do Governo, das organizações humanitárias e da sociedade civil, devendo para tal apostar no investimento massivo na formação e na inclusão económica das populações afectadas, especialmente das mulheres, inclusive no contexto da ajuda humanitária.