O mundo ainda não tem ideia de quais serão os impactos da pandemia da covid-19 no futuro. Ao lado de lamentar a perda de milhares de vidas humanas consequência de valor inestimável a sociedade brasileira será confrontada com o imperativo moral de rever o modo como tem tratado a gestão pública. Aos dirigentes e técnicos dos governos, das fundações, das organizações da sociedade civil e das universidades, caberá refletir e mudar a produção e a implementação de políticas e serviços públicos com vistas a que as cidades, estados e o país ampliem a sua capacidade de enfrentar adversidades e de assegurar direitos fundamentais. As árduas conquistas da Constituição Federal de 1988 não podem ser mera bravata. O papel fundamental que o Estado desempenha no enfrentamento dessa epidemia é público e notório. Os órgãos de imprensa cumprem função de disseminar informações e notícias, mas a população está interessada e atenta ao que o Estado e os dirigentes públicos oferecem de informação e orientação. São os governos, e não o setor privado, que pautam as decisões em situações caóticas. É por meio dos dirigentes de órgãos públicos e das agências multilaterais que a população é informada sobre como agir. Lideranças com capacidade de escutar e tomar decisões com base em evidências, com moderação e sensibilidade são ativos essenciais em situações como a que estamos vivendo. Informação e gestão de alto nível é tudo de que a população precisa.
Publikationen der Stiftung → Covid-19
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