Publikationen der Stiftung → Análise de conjuntura e desafios para a defesa da democracia Titel
Publikationen der Stiftung → Análise de conjuntura e desafios para a defesa da democracia
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Titelaufnahme
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- TitelAnálise de conjuntura e desafios para a defesa da democracia
- Herausgeber
- Körperschaft
- Erschienen
- Umfang23 Seiten
- SprachePortugiesisch
- SerieDiálogos feministas
- DokumenttypDruckschrift
- Schlagwörter
- Geografika
- ISBN978-85-9565-056-5
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Klassifikation
Zusammenfassung
A conjuntura é tão complexa que às vezes é difícil definir prioridades. Para compreendermos o país e o contexto que estamos vivendo é preciso olhar para a história do Brasil e o impacto que isso tem na vida das mulheres. É preciso compreender o patriarcado moderno e como, na formação social do capitalismo, os homens detêm o poder. E acrescentar a essa leitura o colonialismo, a escravidão, a invasão dos nossos territórios e as resistências que as populações indígenas e negras fazem até hoje. Isso significa que as opressões têm dimensões de raça, etnia, classe e gênero. A análise dessas dimensões é central para a compreensão do contexto. As mulheres indígenas e negras têm um lugar específico na estrutura de uma sociedade construída a partir da invasão dos territórios e que tem reflexos e permanências até hoje. Ao longo da história as mulheres vêm se reafirmando através de lutas importantes, como o feminismo. Mas por mais que tenhamos avançado, ainda falta muito para chegar onde queremos. Essa eleição, para todas e todos nós, foi um divisor de águas. As mulheres foram o único setor que se organizou de fato, ocupando as ruas e expondo um candidato machista, no #ELENÃO. A Primavera Feminista, que aconteceu antes, foi uma onda que começou no Sudeste e foi chegando nos outros lugares. Toda vez que as nossas vidas são ameaçadas, há grandes mobilizações. A força das mulheres tem sido um catalisador. Tem sido uma linha de frente que se articula com várias pautas, como as da população LGBT. Algumas mulheres que não são do dia a dia do processo de organização dos movimentos sociais têm ocupado cada vez mais os lugares de reivindicação. O debate que temos feito é que a organização das mulheres precisa ser para todas e precisa chegar nas mulheres como um todo, inclusive nas que não podem estar presentes na construção política diária. É importante que isso seja colocado para que não se julgue as que não estão organizadas nos movimentos tradicionais. Porque, na verdade, todas nós estamos resistindo. E as lutas que todas nós fazemos, em seus diferentes lugares, é importante.