Nos últimos dez anos, uma série de países latino-americanos promulgaram leis que ampliam
os direitos das empregadas domésticas. Na maioria dos casos, tais leis não teriam se tornado
realidade sem a ajuda de campanhas nacionais e regionais organizadas por sindicatos. O avanço
da legislação, contudo, pouco adianta, já que a maioria das mulheres que trabalham em casas
de família não se beneficia dessas normas mínimas estatutárias previstas na legislação.
O exemplo do Uruguai, no entanto, mostra que é possível pelo menos até certo ponto superar
a aceitação social da informalidade. A transformação se deu como resultado de uma política
de governo que aliou a ampliação dos direitos à introdução de convenções coletivas para o
setor de trabalho doméstico e campanhas públicas.