A experiência da Frente Ampla mostra a importância da organização partidária para os partidos de esquerda no governo. A Frente Ampla nasceu em 1971 como uma coalizão de partidos (Socialista, Comunista e Democrata Cristão) e de setores de centro-esquerda dos partidos tradicionais no Uruguai. Essa coalizão evoluiu rapidamente para um partido. Sua forte proximidade com os movimentos sociais e os altos níveis de ativismo próprio que alcançou desde sua fundação o obrigaram a desenvolver uma estrutura de participação, em particular da base, que não se correspondia nem podia ser dominada pelas organizações dos partidos e grupos que o integravam. Dessa forma, a Frente Ampla somou a sua estrutura de coalizão originária, a de movimento. As características fundacionais da Frente Ampla se consolidaram. Longe de percorrer um caminho de elitização, a estrutura com representação política de setores (partidos ou organizações que formam a coalizão) e militantes de base na direção se aprofundou e se reproduziu ao longo do tempo. Mesmo depois de diversas administrações governamentais, iniciadas em 2005 com o primeiro triunfo de Tabaré Vázquez, este traço continua sendo uma constante da coalizão.
Publikationen der Stiftung → Internas da Frente Ampla
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