O género é novamente uma área altamente contestada em várias sociedades e culturas. O feminismo enfrenta imensos retrocessos com força neoconservadora, religiosa fundamentalista, e populista da direita. Estas controvérsias necessitam de respostas feministas e requerem a repolitização de questões feministas e novas solidariedades na diversidade do feminismo e da sua fragmentação crescente. O feminismo tem muito potencial e experiência para inspirar alianças e outros movimentos com o seu conceito orientado por direitos e pela justiça, ligações entre as necessidades práticas e interesses estratégicos, objectivos emancipatórios e perspectivas transformadoras, e conceitos de espaços autónomos, pensamentos criativos, e diálogos transversais. A interseccionalidade pode ser utilizada como um instrumento analítico e estratégico para diferenciar e politizar as questões do género, para desenvolver solidariedades translocais e transnacionais, e para estabelecer alianças estratégicas e inclusivas orientadas para a justiça de escalas múltiplas. O feminismo pode-se articular através de outros movimentos da justiça.
Os pontos de referência comuns, como a violência contra as mulheres, a perda de meios de subsistência devido à globalização neoliberal, o trabalho assistencial, e a soberania alimentar estão a ajudar a criar novas solidariedades entre os feminismos e no estabelecimento de alianças estratégicas com outros movimentos sociais.