Se nada for feito, o gap tecnológico do Brasil em relação aos polos tecnológicos mundiais, que já era grande, tenderá a se ampliar, empurrando as indústrias de baixo desempenho e dependentes de commodities como a brasileira, para as margens da economia mundial. As recomendações aqui esboçadas, portanto, pressupõem a necessária priorização de esforços nas áreas tecnológicas e de inovação, de modo a não dilapidar o trabalho já realizado e a permitir que a indústria acompanhe, ainda que modestamente, as novas tendências mundiais. O Brasil precisa urgentemente de uma nova geração de políticas de inovação, orientadas claramente para a elevação da produtividade da indústria e da economia. A estratégia básica é a captura seletiva e reprocessamento dos avanços da manufatura mundial, do agronegócio e dos serviços, com a formatação de instrumentos voltados para estimular a economia, indústrias, empresas e empreendedores na busca obstinada de padrões internacionais de qualidade e eficiência. A economia brasileira tem condições de se reorganizar para sair da crise mais forte, com uma indústria renovada, capaz de competir no mercado interno e externo sem proteção artificial. É a forma de aproveitar a pequena janela de oportunidades aberta no momento em que estão nascendo novos padrões industriais, a partir de experiências de Manufatura Avançada (como é chamada nos Estados Unidos) e da Indústria 4.0 (como na Alemanha).
Publikationen der Stiftung → Diretrizes para desenvolvimento de políticas de inovação no Brasil
Publikationen der Stiftung → Diretrizes para desenvolvimento de políticas de inovação no Brasil