Marx voltou a ser interessante onde o Estado Social, a ascensão social, a sociedade de classe média e o valor do trabalho já não são mais a regra. A dialética de Marx sobre o capitalismo recém inflamado surte efeito: Ele desenvolve por um lado um enorme progresso tecnológico-econômico, o bem-estar da modernidade. Por outro lado, ele sujeita as pessoas a essa situação, gera crises, perda de controle, estranhamento, exploração, desigualdade, concentração de poder e destruição da natureza. Marx analisou a maximização do lucro ancorada em estruturas, o desregulamento e neoliberalismo trazem essa dinâmica interna do capitalismo novamente no plano à tona. Desde a crise financeira de 2008, as análises lidam novamente com o que Marx denominava de �capital fictício�. Isso na época afetou gravemente muitas pessoas e ainda sentimos os efeitos até hoje. E o conceito de Marx do �mercado global� traz as características do que hoje percebemos como globalização. Sim, hoje vale a pena olharmos mais de perto o capitalismo digital e Marx. Uma vez que agora existem uma série de desenvolvimentos semelhantes entre a denominada primeira revolução industrial, a qual tanto capturou a atenção de Marx, e a quarta revolução industrial que nos ocupa hoje.